O mais importante concurso de beleza internacional teve no início desta semana um fato que atraiu a mídia não especializada.
Uma selfie feita pela representante de Israel ao lado da libanesa gerou indignação e protesto nas redes sociais no Líbano.
A Miss Israel - Doron Matalon, se aproximou das misses Líbano, Eslovênia e Japão e fez a selfie, publicando imediatamente nas redes sociais, dando origem à polêmica. Em sua defesa, a Miss Líbano - Saly Greige, afirmou que evita contato com a israelense nas atividades do concurso para não gerar polêmica, e que não gostou da atitude dela.
No Líbano, Saly Greige, tem sido acusada de "posar com o inimigo" e pode perder o título quando retornar ao país.
A israelense lamentou a fato: "Não me surpreende, mas entristece-me. Que pena que não possas (Miss Líbano) deixar a hostilidade de lado”.
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A polêmica selfie |
O conflito entre Israel e Líbano teve início em 1947, quando o Primeiro-Ministro do Libano - Riad el-Solh exitou à decisão da Liga Árabe de iniciar a guerra árabe-israelense, mas posteriormente enviou seu exército à Palestina. O conflito manteve-se até 2006. Apesar dos conflitos bélicos estarem suspensos desde então, há um embargo comercial por parte do Líbano aos produtos israelenses e seus cidadãos podem ser detidos caso tentem viajar para Israel. Invasões do espaço aéreo libanês por parte de Israel eventualmente ainda acontecem.
O fato evidencia que, ao contrário do que muitos acham, os concursos de beleza evidenciam aspectos socioeconômicos, políticos e culturais de seu tempo, sendo fontes de pesquisa que contribuem para o conhecimento e entendimento do mesmo.
Um dos objetivos do concurso é promover a convivência harmoniosa entre as representantes dos 88 países participantes, colocando em prática o seu conhecido lema: promover a paz mundial.
Que ela reine até o dia 25 de janeiro, onde será eleita a nova rainha da beleza universal.
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