Resenhar um dos concursos mais polêmicos da história recente do Mundo Miss brasileiro não é uma tarefa fácil. O Miss São Paulo atualmente é considerado o principal concurso estadual porque nele vemos muito do que irá acontecer no Miss Brasil. Tem sido assim desde 2009.
Quando afirmo que ele foi polêmico, não estou me referindo exclusivamente ao resultado, mas sim ao todo, pois novos paradigmas vieram a tona, mas outros se conservaram.
Vou resenhar o concurso em tópicos e lembro à todos que minha opinião é de telespectador.
Data: 28/05/2016
Cidade: São Paulo-SP
Local: Citibank Hall
Edição: 61ª
1. Abertura
O vídeo mostrando trechos da vida pessoal de algumas candidatas é interessante e comovente, e espero que se mantenha no Miss Brasil 2016 (já tivemos em 2015).
A trilha sonora foi boa e teria sido perfeita se não houvesse tanta gente no palco, mas gostei da imagem do trem no telão. Infelizmente a organização insiste em não deixar as misses se apresentarem individualmente, o que é um erro, pois se acontecesse as torcidas já se manifestariam, trazendo mais emoção ao evento. Poderia até ser uma gravação como aconteceu no Miss Universo do ano passado.
As roupas casuais eram bonitas, mas sou a favor da padronização de modelos com nuances de cores.
2. Apresentadores
A atriz Mariana Rios estava excelente, esbanjando carisma e simpatia. Algumas arestas ainda precisam ser aparadas, mas espero que ela apresente o Miss Brasil 2016. Já Cássio Reis não era o mesmo do Miss Brasil 2015, pois não demonstrava muita segurança em estar ali. Mas merece outra chance.
3. Juri
O juri se mostrou competente, mas as entrevistas foram chatas e não diziam nada. Achei todas dispensáveis.
Gostei que mostraram ao público que existiram provas preliminares explicando que dali foram escolhidas as semifinalistas.
4. Videos dos ensaios e preparação
Quem gosta dos concursos ama essa parte, mas alguns foram repetitivos. No geral são ok.
5. Anúncio das 15 semifinalistas e desfile
Um dos grandes momentos do concurso, o anúncio do top 15, foi prejudicado pela correria do apresentador em chamar as candidatas. O maiô preto era belíssimo e deu uma elegância única às candidatas. O problema foi o balé masculino numa coreografia desconexa ao evento e que só prejudicava o desfile. Band, por favor, acabe com isso!
A cantora Priscila Brenner tem uma voz muito bonita, mas estava perdida no meio de tanta gente no palco (ela, misses e bailarinos). A 15ª semifinalista foi escolhida pelo público.
6. Anúncio do top 10, vídeo individual e desfile de biquíni.
O anúncio do top 10 foi feito pela Mariana Rios, que se saiu um pouco melhor que seu colega, mas pra mim ainda foi meio rapidinho.
Acho válida a exibição do vídeo individual do top 10, desde que seja para passar informações relevantes e não pra ser algo constrangedor como foi. Mostrar as misses caindo no choro ao falar das mães e avós foi péssimo.
O desfile de biquíni tinha tudo para ser perfeito: a trilha sonora da band Sax in the Beat estava muita boa, os trajes eram bonitos, o cenário estava perfeito, mas as acrobacias do balé estragaram o momento.
7. Desfile do traje de noite e anúncio do top 5
Sou um dos poucos defensores de Alexandre Dutra (responsável pela confecção dos trajes de noite do concurso) mas este ano está difícil exercer esse papel. Os vestidos pareciam todos reciclados do ano passado, nos mesmos tons de cores, causando uma monotonia num momento que era para ser mágico. Também não acho certo a presença das não classificadas ao fundo como estátuas. Que isso não aconteça no Miss Brasil 2016. As medidas sendo faladas não me incomodaram.
No anúncio do top 5 se manteve a correria, infelizmente.
8. Perguntas
Esse é um momento delicado, pois o nervosismo pode derrubar qualquer uma. A primeira fase seguiu o padrão dos anos anteriores (sorteio de jurado, seguidos de pergunta e resposta). Já a segunda fase foi, para mim, um dos grandes momentos do concurso. Além de ser uma novidade no concurso, o fato das miss ficar com fones de ouvido e não ouvir a resposta da outra concorrente permite uma maior espontaneidade. O jogo rápido de palavras foi bem ensaiado (com exceção de Ribeirão Preto) e causou furor na platéia.
9. Platéia e anúncio do top 3
A platéia, pelo foi a impressão que tive pela TV, estava contida e só fui ouvi-lá durante as respostas das entrevistas. O estranho é que o evento foi aberto ao público e com isso eu esperava muito mais participação das torcidas. Uma pena.
No anúncio do top 3 a platéia acordou e a emoção começou a tomar conta do Citibank Hall.
10. Despedida da Miss São Paulo 2015
Infelizmente quem estava assistindo ao concurso pela TV foi privado do desfile completo de despedida da Miss São Paulo 2015 - Jéssica Voltolini Vilela. A ideia de passar um vídeo com os momentos de sua vitória é válida, desde que seja antes do desfile. Ela merecia também externar sua emoção com palavras. Uma pena!
Jéssica estava deslumbrante num vestido branco que remete aos usados por princesas europeias no século XIX. Um escândalo de linda.
11. Anúncio do resultado final
O anúncio do resultado final foi emocionante. Platéia participando, misses ao fundo sorrindo e usando vestidos. Já fazia tempo que o Mundo Miss brasileiro reivindicava essa mudança e ela foi ouvida. Espero que todos os estaduais e o Miss Brasil 2016 façam o mesmo.
A platéia vibrou com a vitória da Miss Caconde e eu também.
12. Coroação
Foi como há anos deveria ser: miss de vestido, faixa e coroa belíssimas. Emoção no palco, na platéia e vibração das candidatas com o resultado. Para abrilhantar ainda mais o momento a Miss Brasil 2015 - Marthina Brandt - colocou a faixa na vencedora. Que ela possa estar em todos os estaduais.
13. Considerações finais:
O Miss São Paulo 2016 correspondeu as minhas expectativas e mostrou ser o ponta pé inicial de mudanças positivas nos concursos estaduais e no Miss Brasil.
Alguns elementos ainda podem ser alterados e/ou excluídos, como o balé masculino, a entrevista com jurados, a correria nos anúncios dos tops e os trajes de noite que não estavam no mesmo nível dos anos anteriores.
O fato de existir provas preliminares (entrevista e desfile em traje de banho) é um fator muito importante e causa muitas surpresas. Candidatas que eram vistas como favoritas (Divinolândia e Promissão) provavelmente caíram nelas.
Muitos tem reclamado da divulgação constante da marca Be Emotion que patrocina o evento. Acho aceitável e não me incomodou. Algumas pessoas parecem enxergar os concursos de miss como um conto de fadas. Essa gente precisa acordar!
A vitória incontestável da Miss Caconde mostra que concurso se vence no palco da noite final. Sabrina de Paiva foi perfeita em todas os seus desfiles e conquistou de vez a platéia e o juri na fase das perguntas. Infelizmente o preconceito racial é uma característica da sociedade brasileira e no Mundo Miss brasileiro não é diferente.
Me sinto muito bem representado por ela e não tenho dúvidas que estará ainda mais poderosa no Miss Brasil 2016.
Miss São Paulo |
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2º. Lugar |
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3º. Lugar |
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Finalistas |
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(TOP 10) Semifinalistas |
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(TOP 15) Semifinalistas |
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Prêmios Especiais[editar | editar código-fonte]
- A miss eleita pelo voto popular integra automaticamente o Top 15. [3]
Colocação | Candidata |
Miss Be Emotion |
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Miss Voto Popular |
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Miss Desafio Ellus |
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*Fonte Wikipédia
![]() |
Sabrina de Paiva - Miss São Paulo 2016 |
Olá Nelson, muito boa sua análise sobre o Miss São Paulo 2016. Também sou a favor da coroação da miss em traje de gala, só que de alguns anos para cá, parece que estamos vendo um repeteco atrás do outro com esses vestidos praticamente iguais em concursos de um modo geral.
ResponderExcluirAbraços