Há alguns meses fui presenteado por uma amiga com o livro "Ao Rei dos reis, minha coroa", escrito pela Miss Brasil 1975 e hoje pastora evangélica Ingrid Budag.
Não sou evangélico, mas como essa minha amiga é e sabe da minha paixão pelo Mundo Miss, recebi com muito carinho e respeito o presente.
Coloquei o livro na fila dos livros não acadêmicos, pois não sou daqueles que consegue ler dois ou mais ao mesmo tempo.
Comecei a leitura no fim de semana e obviamente estava ansioso pelas páginas que relatavam a trajetória de Ingrid Budag como miss.
É uma autobiografia relatada de forma mais direcionada aos evangélicos, pois é repleta de citações bíblicas e glorificação a Deus. Não sou ateu (respeito quem é), mas a leitura se torna enfadonha se você não professa essa religião.
Da página 71 à 115, Ingrid Budag relata com detalhes sua indicação como Miss Blumenau 1975, a eleição como Miss Santa Catarina 1975 e Miss Brasil 1975, e sua classificação entre as 12 semifinalistas no Miss Universo 1975.
O que despertou minha atenção e me fez constatar que, infelizmente, a classificação e vitórias das nossas misses no concurso Miss Universo foram por mérito próprio é o seguinte parágrafo:
"Tive muito pouco tempo para o Miss Universo, e não recebi preparo nenhum. Não recebi nenhuma instrução de como falar, como me comportar, enfim, nada. Os organizadores simplesmente me botaram no avião e me mandaram para El Salvador, América Central, onde foi o concurso naquele ano."
Como está dito, a ausência de uma preparação é onipresente na história do Miss Brasil. Por mais que tenhamos coordenações competentes e bem intencionadas nos estados, isso não é suficiente para a conquista do título de Miss Universo.
Se a nova organização do Miss Brasil não implantar mudanças com urgência, ficaremos eternamente nos perguntado o que deu errado, mesmo já sabendo a resposta.
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Capa do livro e Ingrid Budag (como Miss SC e atualmente) |
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